quinta-feira, 14 de julho de 2016

O que faz o Educador Social?

Ubiratan Fazendeiro
Educador@s sociais visam garantir a atenção, defesa e proteção à pessoas em situações de risco pessoal e social, procuram assegurar seus direitos, abordando-as, sensibilizando-as, identificando suas necessidades e demandas e desenvolvendo atividades e tratamento.
São profissionais especializad@s em oferecer respostas compreensivas, ajustadas, programáticas e propositivas a pessoas e grupos sociais em condição de vulnerabilidade, como crianças, adolescentes, idosos, pessoas com deficiências, drogadictos, adolescentes em situação de reclusão, em liberdade assistida, em abrigos e população em situação de rua e outros problemas sociais de forma a contribuir para melhorias das suas condições de vida.
A educação social é estratégia para empoderamento (empowerment) de indivíduos e pessoas que gozam do mesmo convívio, para fortalecer valores e atitudes em relação à saúde, à segurança, à afetividade, ao aculturamento, à espiritualidade, à organização social, à organização econômica e ao exercício pleno da cidadania.
O compromisso dos educador@s sociais também é com a transformação do meio social.
Trabalhamos com a educação não formal, que possibilita liberdade de experimentação e construção metodologia com o o próprio grupo que atuamos, por isto se faz necessário observar e interpretar as reais necessidades da comunidade, valorizar a importância de cada situação e viabilizar a reflexão através de rodas de conversas, da arte e de oficinas, na busca de soluções.
Na nossa atuação com o indivíduo, há a necessidade de estabelecer uma relação de confiança, motivando-@ ao planejamento da vida, da autonomia e da ação para que  o educand@ e seus descendentes, depois de algum tempo programado, de assistência diferenciada, das políticas sociais do Estado ou de ONGs não precise ser mais assistido.
Somos agentes de saúde, agentes de ação social, arte educadores, conselheiros tutelares, cuidadores, educadores sociais de rua, educadores ambientais, instrutores educacionais, mestres de cultura popular,  monitores de dependente químico, orientadores sócio educativos, recreacionistas, sócio educadores e técnicos de nível superior, geralmente da área da educação, psicologia, ou sociologia. Esta polivalência favorece a nossa intervenção nos mais diversos contextos, educativos, sociais, culturais econômicos e etários,
Devemos priorizar as crianças e adolescentes expostos à negligência, à discriminação, à exploração, à violência, à crueldade e à opressão, e em situação de risco à vida, risco à saúde, risco à alimentação e risco de evasão escolar.

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quarta-feira, 13 de julho de 2016

Sobre Caridade!


 É fácil a caridade ao distante, ser voluntário em entidade social de vez em quando, na hipótese de que a ação irá conquistar nossa “salvação”.
Mobilizar-se em favor de uma criatura qual não temos nenhuma responsabilidade por sua dor, estando, portanto, imunes as ao ser real doente ou indolente. O difícil é ter de ajudar alguém próximo, por quem tá perto incomoda, tem vícios e defeitos que não suportamos.
Entendo que ajudar ao próximo é ajudar quem realmente está próximo e não aquele que vamos dar uma ajuda e nunca mais ver! As pessoas são reais, não estão nos catálogos das entidade sociais.
Caridade é como água, lava a dores dos sofredores mas nos contamina com seus resíduos, e não tem a ver com religião, é ideologia e como tal deve ser racional. O termo “caridade” vem de “carita” (coração em grego) por acreditavam que este órgão raciocinava.
Entendo que que amparar significa doar com o cérebro, razão, transmitir segurança, a pessoa que precisa do nosso amparo e amparar é, antes de mais nada, respeitar as limitações, buscar com criatividade soluções, incentivar a coragem e ajudar crescer.de tal forma que o outro ser sinta-se à vontade, sem sentir-se diminuído, sem sentir-se um coitado e a vezes isto arrancar um pedacinho do nosso eu.
A opção pelo outro nos causa transtorno, as vezes ultrapassa a nosso capacidade, queremos desistir para de aturar pessoas que não fazem nada ou não estão preparadas melhorar, que tem uma desculpa na ponta da língua, que são orgulhosos, melindrosos, e não confiam em ninguém.
Mas vem a pergunta: Temos de ajudar só quem merece ou quem precisa?
Sabemos que muitos são indolentes, são vítima de suas próprias ações, mas a nossa opção exige de tenhamos uma abordagem “educadora”, no sentido que andem e busquem soluções. Podemos determinar tempo para obter resposta das ações implementadas, mas é possível que não aconteça, pois não funcionam como gado que a gente tange ele vai. Gente é diferente!
 “A caridade sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.1 Coríntios 13:4-7